Graça
e paz de Jesus Cristo
Quem
está disposto a morrer por alguém? Quem está disposto a negar seus próprios
interesses para que outro possa crescer, florescer e dar frutos? Quem coloca
outra vida acima da sua para que outra vida possa ser vivida? Quem ama mais o
outro do que a si mesmo?
Você
pode estar pensando que essas respostas são muito simples, pois apenas um só
foi capaz de responder “EU” para todas essas perguntas e esse alguém foi Deus,
pois apenas Ele...
“...tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que
todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.”
(João 3:16)
Porém,
há uma atitude que Deus requer dos pais, responsáveis, tutores etc. para que
nossos filhos possam desfrutar de uma vida onde a glória dEle – de Deus – possa
irradiar para todos quantos tiverem acesso aos nossos pupilos. E como o Senhor
nos ensinou isso? Não apenas ordenando, mas praticando e dando exemplo. Por
isso, pais, para uma Educação dos nossos filhos serem conforme as ordenanças de
Deus não há outra forma senão com SACRIFÍCIO.
Vamos
ao nosso texto-base:
“Então o rei, abalado, subiu ao quarto que ficava por cima da
porta e chorou. Foi subindo e clamando: "Ah, meu filho Absalão! Meu filho,
meu filho Absalão! Quem me dera ter morrido em seu lugar! Ah, Absalão, meu
filho, meu filho!"
(II Samuel 18:33)
O
contexto nos remete à rebelião de Absalão que tinha por objetivo usurpar o
trono de seu próprio pai e o final desse episódio evidencia a tragédia relatada
no texto acima. Por isso gostaria de fazer uma pequena análise do comportamento
de Davi que, ao meu ver, foi diferencial para que tudo isso rompesse em luto.
Absalão
tinha uma irmã, Tamar, e ambos tinham um meio-irmão chamado Amnom. Este, num
ato vulgar e malicioso estupra Tamar e, após saber do ocorrido, Absalão se ira
contra Amnon e arquiteta com maestria a sua morte. Aqui já vamos ver o primeiro
ponto, para mim, inaceitável da parte do rei Davi. Amnon estupra sua meia-irmã,
Davi fica sabendo do episódio, fica irado, e o que faz? Dois anos se passam e
Davi NÃO FAZ NADA a respeito. Enquanto isso, a vingança de Absalão vai criando
raiz até ser consumada com a morte de Amnon. Davi simplesmente ignorou toda
aquela situação. Não teve correção, não houve “vara”, apenas ira. Só
sentimento, mas nenhuma ação.
"Não evite disciplinar a criança; se você a castigar com a vara,
ela não morrerá."
(Provérbios 23:13)
Ao meu ver, Davi cometeu dois
grandes equívocos com Absalão que culminaram na formação do caráter impiedoso,
inconsequente e rebelde de seu próprio filho. E o resultado foi trágico. Isso
mesmo, trágico! E é por isso que gostaria de refletir com você para que possamos
aprender juntos para que não caiamos na mesma cilada. Gosto muito de uma frase
que diz:
“O inteligente aprende com seus próprios erros, já o sábio
aprende com o erro dos outros, pois não sofrem as mesmas consequências.”
Não há sacrifício por parte dos pais
quando não há correção. A omissão pode trazer consequências avassaladoras para
família. Por isso, é fundamental que corrijamos nossos filhos, que o
confrontemos com seus erros para que possam aprender, refletir, repensar o que
fizeram. Não adianta ficarmos furiosos, irados, mas precisamos agir, precisamos
corrigir, mostrar o erro, apontar as consequências e, quando necessário,
castiga-los. Omissão é pecado! Fique tranquilo(a), pois a criança não morrerá,
pelo contrário, você estará trazendo vida à sua alma. O escritor de Provérbios
é bem claro quando usa a expressão “não evite”, ou seja, para mim, isso
significa que os pais não podem levantar pretextos para não corrigir seus
filhos. Uns podem dizer “eu fico tão pouco com meus filhos e o pouco que fico
vou ficar brigando com ele”, ou até mesmo “ela sabe que está errada” ...
Atenção, isso é muito perigoso! Por isso, não invente desculpas para não
disciplinar a criança e lembre-se de corrigir é um ato de amor. Então, se você
ama seu filho, corrija-o, brigue, mostre porque está errado e jamais abdique de
usar a Palavra de Deus como referência, afinal, ela é nossa regra de fé e de
prática cotidiana que objetiva moldar o caráter do cidadão do céu. Assim, como
Deus nos trata quando pecamos, somos corrigidos e levados ao arrependimento e
sofremos consequências que servem de exemplo até mesmo para os outros irmãos.
Davi se omitiu completamente a todo o episódio do estupro de Tamar e se limitou
a ficar irado.
“Absalão morou dois anos em Jerusalém sem ser recebido pelo
rei.”
(II Samuel 14:28)
O outro ponto falho de Davi nessa
questão foi consentir ficar distante de Absalão. É extremamente perigoso quando
deixamos nossos filhos a mercê de seus próprios sentimentos, ainda mais quando
se tratam de sentimentos ruins de mágoa, ressentimento, ódio e amargura. Davi
não cuidou da raiz de amargura de Absalão e isso se transformou numa grande
árvore de rancor e cólera dentro de sua mente e coração. Ao negar esse
acompanhamento próximo da situação podemos levar nossos filhos e se tornarem
terrenos férteis parta que o adversário plante o que quiser. No fim, o fruto
que será gerado é amargo e não trará nenhum tipo de benefício, nem para os
filhos, nem para os irmãos, nem para os pais e muito menos para o projeto de
salvação de Deus para nossas vidas. Não se distancie do problema, trate-o de
perto! Tudo em nossos filhos está em desenvolvimento e, por isso, precisamos
estar atentos a tudo para que alinhemos qualquer detalhe que esteja fora dos
padrões de Deus para nossas vidas.
“Se vocês não são disciplinados, e a disciplina é para todos os
filhos, então vocês não são filhos legítimos, mas sim ilegítimos.”
(Hebreus 12:8)
Se agirmos diferente a conta não
fecha. Veja bem: a Bíblia nos diz que os filhos são herança do Senhor, o nosso
galardão. Todavia, se não forem disciplinados não são considerados filhos, são
bastardos, ilegítimos. Logo, quando deixamos de disciplinar nossos filhos
estamos desprezando do cuidado com a herança que Deus nos confiou a cuidar.
Perceba
a completa inanição de Davi, mesmo após aproximadamente 5 anos após o ocorrido.
Absalão erra feio e a abstinência de Davi a tudo é gritante.
Cuidado com suas prioridades.
Vivemos num mundo onde o sucesso econômico virou idolatria. As pessoas querem
fazer de tudo buscando prosperidade material, bens, imóveis, carros, dinheiro,
mais dinheiro, status, mais status, mas não querem fazer o mínimo – requerido
por Deus - para educar seus filhos no caminho do Senhor, não querem se
sacrificar pelas almas dos seus filhos. E muitos até acham que ignorar os
filhos para trabalharem até a exaustão com a prerrogativa de “dar ao meu filho
aquilo que eu não tive” pode trazer algum benefício. E pode até trazer, mas
isso se limitaria ao campo material. Absalão tinha tudo, era filho do rei, só
não tinha o rei, o pai, o apascentador do seu coração. De que adianta ganharmos
o mundo, o reino, o sucesso, os negócios se, no final das contas, perdermos a
alma de nossos filhos?
Davi não se sacrificou por seus
filhos, mas, nesse ponto, sacrificou os seus próprios filhos. Davi criou uma
cobra que criaria asas e o picaria mais tarde.
Agora, com árvore da amargura em seu
auge Absalão põe em prática seu plano de tomar o reinado também o de matar o
seu próprio pai. Isso por quê? OMISSÃO E NEGLIGÊNCIA!
“Pensem nisto, pois: Quem sabe que deve fazer o bem e não o
faz, comete pecado.”
(Tiago
4:17)
Já dominado pelo mal Absalão vai
agindo com paciência, começa a “furtar” os corações dos hebreus. Abrindo aqui
um parêntese, perceba como o mal é paciente, age com cautela para que o golpe
seja dado no momento certo. Quando vê o momento, Absalão, mentindo mais uma vez
dizendo que ia a Hebrom (II Samuel 15.7), dá vida à sua conspiração e vai
ganhando cada vez mais seguidores e roubando o que é de seu pai. Quando os pais
não usam sua autoridade com os filhos, então os filhos passam a ser a
autoridade. Quando viram os “reizinhos do lar” não há outra coisa aos pais
senão a humilhação e a vergonha – como a que Davi passou no monte das Oliveiras
quando estava fugindo de seu próprio filho (II Samuel 15.30).
“A vara da correção dá sabedoria, mas a criança entregue a si
mesma envergonha a sua mãe.” (Provérbios
29:15)
Depois que seu filho se achar o rei
do pedaço, se achar o todo-poderoso e que o mundo gira em torno dele será
preciso que ele enfrente a maior guerra de todas: o embate da vida real.
Porém, os pais até podem se omitir,
serem negligentes, mas o mundo não os perdoará, os colegas de trabalho não
terão misericórdia, os conhecidos da escola serão implacáveis, seus amigos não
serão complacentes com suas dores e seus erros. A vida real é outra coisa, lá é
vida ou morte de verdade. Davi optou, mais uma vez, em não enfrentar o seu
filho, em não se sacrificar por ele. Então, a realidade o sacrificou. Seu filho
não era mais dele, Davi perdera o seu filho de uma vez por todas.
Minha súplica aos pais é:
SACRIFIQUEM-SE POR SEUS FILHOS! Não os entregue aos seus próprios sentimentos,
ensine-os o caminho da verdade, mostre-os o erro e que precisam se arrepender,
reparar danos e estarem prontos para assumir as consequências dos seus atos.
Mas façam isso de perto, não terceirizem essa missão a ninguém, não sobrecarreguem
a vovó com essa responsabilidade que é de vocês e muito menos deleguem à
escola, até mesmo porque o Sistema Educacional de hoje presta um desserviço à
verdadeira educação dos filhos. Não é pra fazer o que os filhos querem, não são
eles que impõem as condições, não são eles que dizem para onde a família vai, o
que comerão, o que, quando e onde será feito alguma coisa...
Sacrificar-se pelos filhos é ir até
as últimas consequências, passar por cima dos próprios sentimentos, mas com um
objetivo nobre: formar cidadãos do céu. Ensiná-los a andar nos caminhos do
Senhor, serem diferentes, serem santos e separados para a obra do Senhor. Você
está disposto(a)?
“Quem se nega a castigar seu filho não o ama; quem o ama não
hesita em discipliná-lo.”
(Provérbios
13:24)
Absalão tornou-se colérico,
iracundo, mentiroso, vaidoso, profano, vaidoso e ultrajante. Davi não perdeu
simplesmente a vida do seu filho, mas perdeu a alma dele também.
Davi perdeu o seu
filho em vida e talvez também tenha perdido a alma de Absalão. E que isso possa
servir para nós como reflexão. Após a morte de seu filho é que Davi queria
morrer por ele, porém teve algumas chances de se sacrificar por Absalão, mas
não o fez. Certamente isso lhe trouxe muita tristeza, angústia e remorso. Não permita
que esse episódio faça parte da sua biografia. Depois não adianta mais chorar,
não adianta mais clamar, não adianta mais orar... ele se foi... seu corpo e sua
alma.
Por
isso, pais, assumam as suas responsabilidades na educação de seus filhos, ensine-os
a verdade, mostre-os os caminhos de Cristo, o caminho do perdão, o caminho da
santidade, o caminho do amor, o caminho da vida eterna. É sério que você acha
que a escola vai ensinar isso pra ele? A escola vai matar a fé dele, vai
escarnecer da sua santidade, vai profanar a Palavra de Deus, vai humilhá-lo
quando ele disser que não participa disso ou daquilo porque escolheu servir ao
Senhor e não pode se envolver com o que entristece o Espírito Santo! Não se
esqueça: o modelo de cidadão que a escola quer formar não é o que vai reinar a
cidade santa, o céu eterno. A escola quer implantar ideologias, quer que seu
filho seja simpático com o aborto, com o uso de drogas, com a perversão sexual,
questões de transição de gênero e tantas outras pautas destruidoras que estão
por aí!
Assim, se o sacrifício para salvar a
alma do seu filho for tirá-lo da escola, tire-o! Eduque-o em casa, pratique o
Homeschooling. Inicie uma mobilização das igrejas genuinamente evangélicas onde
você mora para a criação de escolas onde a Educação Cristã seja a prioridade.
Faça alguma coisa! Não se omita! Não entregue a educação de seus filhos a
outros! Assuma a responsabilidade! Sacrifique-se!
Amados,
o maior objetivo de educarmos nossos filhos é torná-los segundo o coração de
Deus. Assim eles serão o sal da terra, serão a luz do mundo, aqueles que farão
a diferença na vida das pessoas que tiverem a oportunidade de tê-los por perto.
E não há outro jeito que não seja se sacrificando por eles.
“Todos os seus filhos serão ensinados pelo Senhor, e grande será
a paz de suas crianças.”
(Isaías
54:13)
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Que Deus abençoe grandemente você e toda a sua
família!
Frederico Knauer
Esposo
da Sabrina e papai da Rebecca
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