Graça e paz de Jesus Cristo
Gostaria de trazer uma meditação sobre um trecho da Palavra de Deus e suscitar uma reflexão a respeito das nossas responsabilidades. Será que há algum risco em transferir aquilo pelo qual somos responsáveis? Será que tem alguma implicação, de fato, negativa? Será que podemos delegar missões que são nossas a alguém, mesmo que por algum, ou alguns, momentos e/ou situações?
“Geazi chegou primeiro e pôs o cajado sobre o rosto do menino, mas ele não falou nem reagiu. Então Geazi voltou para encontrar-se com Eliseu e lhe disse: ‘O menino não voltou a si’”.
(II Reis 4:31)
Nessa nossa reflexão quero focar no personagem Eliseu, homem chamado por Deus para ser um instrumento de bênção na vida do povo de Israel. Esse homem aprendeu com Elias, um dos poucos homens que a Bíblia relata que não provou a morte. Assim, vemos que Eliseu teve um ótimo professor, aprendeu com aquele que tinha autoridade e isto lhes custou ganhar de presente a capa de Elias e a porção dobrada do Espírito que sobre o profeta arrebatado estava. Resumindo, Eliseu, aprendeu, foi preparado, recebeu a missão e o revestimento de Deus para executá-la com êxito.
No episódio que quero ressaltar e chamar a sua atenção, Eliseu, num ato de gratidão para com uma família que fizera pra ele um lugar para pousar quando estivesse por ali passando, a saber: Suném. O profeta, movido por Deus, promete à mulher que ela geraria um filho o que, de fato acontece como uma operação do milagre de Deus na vida daquela família que abriu um espaço em sua casa para que a profecia de Deus pudesse repousar. Todavia, passado um determinado tempo, a criança vem a passar mal e, após um mal súbito, morre no colo de sua mãe (v. 20). A mãe da criança a deixa no quarto, prepara todas as coisas e vai ao encontro do profeta desesperada por uma solução para o seu problema, afinal, como ela mesmo fala, nunca tinha pedido um filho ao profeta (v. 28).
Ao ouvir a súplica da sunamita e sentir que sua alma está profundamente angustiada, o homem de Deus toma uma decisão que, apesar de parecer ser de boa intenção, apesar de parecer que vai ajudar de uma forma rápida, parece-me um tanto quanto estranha e precipitada. E é baseada nessa atitude que vamos meditar e tentar traçar um paralelo de aprendizagem prática para a nossa vida. Afinal, um dos atributos que a Palavra de Deus possui é nos ensinar para que a nossa alma seja salva, assim como a dos nossos filhos.
Quando a mulher se derrama em lágrimas diante de Eliseu que, por sua sensibilidade, logo percebe que a alma e mente daquela mulher estão pequenos para tanta, ele dá uma ordem a seu servo, Geazi:
Então Eliseu disse a Geazi: "Ponha a capa por dentro do cinto, pegue o meu cajado e corra. Se você encontrar alguém, não o cumprimente e, se alguém o cumprimentar, não responda. Quando lá chegar, ponha o meu cajado sobre o rosto do menino". (II Reis 4:29)
Releia o versículo anterior e tente encontrar a maior falha que muitos de nós pais estamos praticando na contemporaneidade. É isso mesmo! Eliseu deu seu próprio cajado para que Geazi, seu servo, que não tinha chamado, não tinha unção, não tinha competência, pudesse dar a solução e resolver aquela questão tão importante. O profeta até poderia ter uma boa intenção e até pede que Geazi corra, pede que não saudasse ninguém pelo caminho a fim de que a mulher fosse logo atendida. Porém, a responsabilidade era apenas do profeta. Mas ele quis compartilhar a sua tão importante missão que era intransferível. Até aqui vejo oportunidade de aplicar a máxima que diz que “de boa intenção... muitos filhos estão se perdendo e famílias se destruindo”.
E o resultado, qual foi? O que aconteceu quando Geazi usou a autoridade que não era dele, que milagre houve quando o moço do profeta usou a unção que não estava sobre ele? Acertou: NADA. O v. 31 diz que “o menino não voltou a si”. Ou seja, continuou morto! Não houve mudança! Não teve resultado!
Agora, quero chamar sua atenção para a importância fundamental, essencial e intransferível que nós como pais temos diante de Deus e que muitos hoje tem deixado de lado, ou não tem dado a verdadeira importância que se deve: a EDUCAÇÃO DOS NOSSOS FILHOS.
Vamos à Palavra de Deus?
“Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar.”
(Deuteronômio 6:7)
O cajado da educação dos nossos filhos está em nossas mãos, pais e mães. Não podemos transferir a ninguém, não podemos compartilhá-la com ninguém. Somos nós que vamos dar conta dos nossos filhos diante do Senhor, eles são a herança que Deus tem nos dado, porém muitos tem negligenciado essa áurea missão: ser pai e mãe de verdade.
E ainda temos um agravante que pode ser ainda mais temeroso e que muitos estão dispersos para o verdadeiro risco que estamos correndo. No mundo competitivo de hoje, onde só se fala em prosperidade, sucesso profissional, conquista de metas, sucesso pessoal, riqueza pra lá, milhões pra cá, carros, imóveis, ações da bolsa, investimentos A ou B etc. os pais estão entregando seus filhos e os expondo a um dos maiores inimigos da educação Cristã, que valoriza o verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo: a ESCOLA.
Você não tem ideia dos planos que correm pelos bastidores dessa instituição que pode até parecer boa, pode até parecer que ajuda, que pode até parecer que vai resolver o problema..., mas não vai! E o que me deixa mais triste são os pais que sabem, mas ignoram ao extremo o grande risco da perda de seus filhos. Por isso, não entregue o cajado, a direção, o governo da educação dos seus filhos a ninguém, muito menos à escola. Hoje, essas instituições estudantis só servem para doutrinar, fazer lavagem cerebral, destruir a fé cristã genuína, além de manipular e tentar fazer com que as crianças se tornem soldados de ideologias malignas. As escolas hoje não estão mais preocupadas com instrução, ou seja, apenas ensinar português, matemática, ciências, geografia etc., mas estão dando cada vez mais ênfase aos aspectos sociais, a formatação de mentes dos jovens para que estes possam ser cegados e perderem o brilho do Espírito Santo que um dia seus pais plantaram em seus corações. Hoje o discurso da escola é formar cidadãos. Mas que tipo de cidadão? Com certeza não é o perfil do cidadão do céu, que prioriza viver conforme as Escrituras sagradas.
Vou te dar apenas alguns exemplos das pautas que estão sendo incluídas como prioridade nos currículos escolares:
· Qual o conceito de família que tem se disseminado nas escolas atuais?
· Como os que professam a fé cristã são tratadas dentro das escolas ao se posicionarem contra determinados assuntos: festas pagãs, culto a ídolos etc?
· Qual a real necessidade de se introduzir tão precocemente assuntos relacionados à sexualidade para nossos filhos?
· Como qual objetivo estão, subliminarmente, alimentando a guerra dos homens contra as mulheres?
· Preciso tocar no assunto do aborto? Da perversão sexual? Da ideologia de gênero?
A cada dia que passa temos visto o resultado dessa receita ideológica: crianças, adolescentes e jovens muito, mas muito distantes de Cristo. Pais que choram copiosamente por seus filhos perdidos nesse mundo ateu e promíscuo. E muitas das vezes não sabem o motivo e esse motivo é a ESCOLA. E não pense que todo esse resultado catastrófico foi mero acaso. Todo esse desastre educacional vem sendo planejado há muito, mas muito tempo e toda essa “fossa” intelectual tem uma “pai”: o ESQUERDISMO.
Dessa forma, não terceirize aos “Geazis” que estão aí a sua responsabilidade de educar e de transmitir os valores de Cristo aos seus filhos. Não há nada mais gratificante do que assumir essa responsabilidade e participar de forma efetiva dessa missão especial. Creio que todo esse resultado catastrófico tem nos feito abrir os olhos para que possamos reavivar aquilo que Deus nos confiou registrado nas Escrituras e faço-me lembrar da oração de Habacuque:
“...Realiza de novo, em nossa época, as mesmas obras, faze-as conhecidas em nosso tempo; em tua ira, lembra-te da misericórdia.” (Habacuque 3:2b)
Apesar de todo esse quadro, há um povo que está clamando para que o Senhor possa avivar a nossa comunhão, nos fazer a cada dia retornar às Escrituras e assumir a nossa responsabilidade como educadores dos nossos filhos. Por isso, creio que Deus tem nos feito ver uma solução que sempre esteve ao nosso alcance, mas que não dávamos importância porque estávamos iludidos com o ‘poder transformador” da escola e nela confiamos a formação do caráter dos nossos pupilos. Essa solução, já revelada nas Escrituras é a Educação Domiciliar, ou como muitos conhecem: HOMESCHOOLING, que consiste em tomarmos para si a completa educação dos nossos filhos e eliminado completamente qualquer vínculo com instituições de ensino.
Aproveito aqui para te fazer UM CONVITE A CUIDAR DOS INTERESSES DOS OUTROS.
Concluindo, não outorgue a outro a função que Deus lhe deu. Geazi é ineficaz, não resolve, mas o amor, a comunhão, o afeto e a dedicação familiar podem, sim, formar cidadãos que amem a Cristo, que vivam e irradiem o amor de Deus por onde quer que andarem. Há resultado quando nos dedicamos com ímpeto nessa excelsa missão de moldar o caráter nos nossos filhos. O resultado valerá a pena, conforme nos promete a Escritura:
“Mas, vocês devem ser fortes e não se desanimar, pois o trabalho de vocês será recompensado".
(II Crônicas 15:7)
Que Deus abençoe grandemente você e toda a sua família!
Frederico Knauer
Esposo da Sabrina e papai da Rebecca
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“O nome do Senhor é uma torre forte; os justos correm para ela e estão seguros.”
(Provérbios 18:10)
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